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 | Poesias-->RANCOR -- 22/05/2002 - 07:31 (ALEXANDRE FAGUNDES)  | 
	
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Creio que só agora, depois do equívoco da vida, 
  aprendi que o amor precisa mesmo rimar com mágoa. 
  Ele precisa de frustração, de rancor. 
  Amor diferente disso é sem graça, é seco.;  
  São as lágrimas que regam o amor. 
  Sem lágrimas não tem amor.;  
  Elas são o sangue dele, é disso que ele vive. 
 
 
  Sim, agora, do alto da minha sabedoria, 
  da autoridade de quem já quebrou as asas, 
  não me restam dúvidas: 
  O amor é para ser servido em fatias.;  
  Triturado, quase queimado... 
  E frio como a alma de quem vai sorvê-lo. 
 
 
  Os meninos de hoje não sabem disso. 
  Não, eles não têm talento para amar. 
  Não cobram nada uns dos outros.;  
  Não fazem escândalos, não tentam morrer. 
  Podem, pois, saber o que é o amor? 
  Duvido muito! Não sabem, não! 
 
 
  Garotos, se me cabe dizer-lhes alguma verdade, 
  anotem esta, que maior não há: 
  Se não se deixarem invadir.;  
  Se não baixarem a guarda.;  
  Se não permitirem a abordagem.;  
  Se não aceitarem que lhes tome a alma, 
  Jamais será amor. 
  E vocês, nessa triste esterilidade, 
  vão poder morrer de quê? 
 
 
 
 
  BH/18/02/2002 
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