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Poesias-->Mata Virgem -- 24/05/2002 - 14:37 (Bráulia Inês B. Ribeiro) |
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Quando olho para o horizonte
não tem horizonte,
tem mata azul, funda
mata bela, mata viva.
Quando quero sair
não tem saída,
tem mata que me engole
com sede,
mata mãe, mata me mata.
Quando me vejo na mata,
me cubro,
mata púbica descarada
mata uterina
gerando índios,
e índio me torno,
índio branco tentando viver
na selva concreta,
índio sem destino nem esperança
índio menino, perdido na rua.
E quando me entrego
finalmente em seus braços,
e mergulho na lama de seus pés,
e me extasio na altura de seu céus,
e me perco na extensão de seus túneis,
e vivo do corte de suas borrachas,
e bebo do leite de suas castanhas,
te vejo, como não és mais.
Mata virgem.
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