Já posso ouvir, nas entrelinhas da mau traçada noite, o silêncio a murmurar impaciente o meu quarto.
Espero você que não vem, mas encontro o meu pensamento tentando sonhar ao teu lado. Contudo a dor que também está a espreita, se quer respeita os meus direitos e envolto num vulto de seda sem color, me agasalha na mortalha de uma saudade quase infinita.
Zelo na solidão, alguns momentos de ilusão
E a esperança que os teus pés cruzem o limiar das minhas portas, pálidas vão convenciadas que tu nunca me amastes.
Me entrego ao desepero, ao mesmo que me liberto pelas lágrimas que arrancadas do meu peito, me curvam a um sinistro deserto.
É verdade que te amo e se persistir, há de ser ver verossímil o meu fim.
Só que agora, nem me enxergo, quanto mais me cuido.
Meu amor, tudo eu fiz por nós. Não permita que as minhas próximas noites tornem-se correntes, venha desse absurdo negar os meus males, cuja consciência estão por assimilar como de tua maternidade!