Estou assim, entre as horas com saudades de um sentimento que nunca tive.
Sempre que te via, sentia aflorar dentro de mim uma certa harmonia.
Mas pela minha imaturidade, julguei não conseguir externar com segurança ou dividir aquele algo que crescia, na medida da minha insanidade.
E quando me aproximei de você fui pelas vias de uma amizade te falar daquela fantasia que se desnvolvia, mas num impeto de sua personalidade malograstes o meu espaço. Fizestes o real consubstanciar o errado e acabaste por relegar o meu sentimento ao absurdo.
Negaste-me a luz.;
Forjastes-me a dor.;
Aportaste-me às lágrimas.E com se não bastasse, envidaste esforços pra não me vêr mais.
Sou um pássaro cansado, que sente a morte correr-lhes a alma dia-a-dia, sem parar.;
Sou um corrego parado que sente as entranhas vilipendiar a própria vida.;
Sou um andrajo, que sem significado contemplo o vazio e vago sem querer a direção encontrar.
Contudo, mesmo sabendo que irrevogas o teu ímpeto, eu, reluto em deixar de te amar.
Por que vejo em tua essência que pecado, em tua málicia não há.