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Poesias-->O SERTÃO DE LAMPIÃO -- 01/06/2002 - 14:58 (Marcelo de Oliveira Souza :Qualquer valor: pix: marceloescritor2@outlook.com) |
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vou dormir na estrada,
Tá u calor danado
No Sertão, não chove nada
O povo está todo acabado!
Não tenho aonde ir
Nem o que comer
Cabra macho que sou
O jeito é da seca fugir.
Tou dormindo na estrada
Com uma fome danada,
Sendo acordado com um barulho
Da tropa de Lampião desembestada.
Não tenho tempo de correr
Nem tempo de rezar,
Lampião cabra arretado me pegou
O jeito era peitar.
Me empurrou com um solavanco
Para ver se eu me arranco,
Falando que ia me pendurar numa corda
Por um pedaço meu em cada canto.
Mandou eu pedir para não morrer
eu para começar a correr,
Cabra macho da gota que sou
Disse que não fujo e fico onde estou.
Ele mandou um pelego dele
me cortar a língua e pendurar num pé-de-pau
Eu disse que cabra macho morre inteiro
Que eu derroto um por um
Até não sobrar nenhum.
O Lampião do Sertão
Me testou e jogou três "cabras" em minha mão
Três, quatro, cortei então.
Veio então o "cabra" Lampião
Com uma raiva espumante,
Brigamos com faca e facão
Horas debaixo de uma lua minguante.
Eu não tenho mais forças
Ele começou a me sangrar
Sentindo toda dor do mundo
Ele de repente falou que ia me poupar.
"Cabra" macho que nem este
Não deve morrer e nem sangrar
Mas do meu bando formar.
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
Este poema foi feito para um concurso de poesias na Universidade de Feira de Santana, sob Tema Lampião.
mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
Marcelo Souza
tel. 91253586 |
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