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Poesias-->O Dilema do sertanejo -- 07/06/2002 - 13:09 (Flávio César de Lucena Lira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Dilema do sertanejo

Flávio Lucena



Esta terra morta,

De rugas danadas

A palma como último limiar,

O gado em osso ressequido,

A alma em destroços rudimentares,

A pele engilhada, suada,

Fediada, sem banho,

A vida sem sonho,

A cina do sertão!

O cachorro não late,

O menino não chora,

A mulher já não ama,

A água foi embora

É este cotidiano sombrio,

De sol e morte,

Crepúsculo endiabrados,

Acorda-se vivo,

Dome-se morto,

Sorriso sem dente,

Meu prato é o cachorro,

As arribassam foram embora,

E agora??

Neste solo danoso,

Sem roupa meu couro lamenta

Lamenta

Sem esperança esta vida não aguenta

A religião já não sei,

De promessas ao padim,

Vi meu gado se extingüir,

Vi a terra padecer,

O menino morrer,

A mulher estremecer,

O meu bucho contorcer

Dos políticos já não sei,

Alimentam-se desta desgraça,

Os recursos que de lá vem,

Aqui não vem

Não vem não,

Nenhum vintém,

Este é o dilema,

A angustia do sertanejo lascado,

Surrado de tanto esperar,

Por terra melhor,

Onde a esperança não vire pó.

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