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Poesias-->O PUNHAL -- 11/06/2002 - 01:43 (Maria da Conceição R. Hora) |
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Sinto
No âmago do meu ser,
A tristeza de não ser ninguém,
De não ser nada.
Tudo se desenrola
Para o precipício do meu mundo.
A morte ronda por perto
Em busca do meu eu.
A angústia de saber ser um nada
é apenas mais uma parte
Da história que se repete.
Tenho desprezo,
desprezo por mim mesma,
Por sentir-me tão plena e amar
Que outrem não percebe a dor
Que preenche este coração insano.
Sobre minha cruz
Me deito,
esperando apenas os pregos
Serem reforçados.
A lança acabou de ser enfiada
na última frase pronunciada.
Será que não percebem
Que quis apenas deixar meu amor fluir?
Será que não percebem
Que quis apenas amar?
Sentimentos e dor
Quebraram o último cristal
Que punha vida em meu corpo.
A frase veio
Como punhal certeiro,
dando o abate de misericórdia.
Conceição Di Castro
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