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Poesias-->Inquietudes -- 11/06/2002 - 12:33 (Fernanda Guimarães) |
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Inquietudes
Há dias em que qualquer palavra é pouca
Para rabiscar as tantas inquietudes
Que de mim se apoderam
Há na ponta dos meus dedos
Um alvoroço de letras abortadas em silêncios
As mãos aparam os engasgos
Que a voz transforma em dor emudecida
Olhares insones apagam os sonhos
Que esqueceram de dormitar
No leito das noites do meu sono
Há no peito emoções tamanhas
Que se debatem em convulsão
Em meio ao precipício do passar do tempo
Sou assim colhida pela profundidade
Que nem sempre posso alcançar
Imersões que quase sempre
Desconhecem os meus acenos de recusa
Esboço desejos que ecoam em páginas afônicas
Onde apenas em alguns momentos
Meus olhos conseguem chegar
Lábios e mãos adormecidas não sabem falar
Destes tantos hiatos que abrigo
Na solidão de mim mesma
Rasga-se no peito a emoção
Que um dia quis ser expressa
No outdoor dos olhos teus
Consome-me o ter que ser inexpressiva
Envolta pela apatia e indiferença
Abre-se em mim a cortina do real
Que diz de distâncias mensuráveis e ocultas
Em meus olhares, a bruma, as pontes, os seixos
Digiro o açoite do sentir, rasurando-me
Oferto-me ao mundo feito gota de orvalho
Ainda que em mim chovam oceanos
© Fernanda Guimarães
Em 11.06.02
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