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| Poesias-->à noite -- 17/06/2002 - 01:28 (maria da graça ferraz) |
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À noite
gracias de lunna
Eu desenhava no chão-
inclinada, sobre a terra-
um sol com oito raios
Acima de mim, o céu
me traçava sombras
E o chão- fina lousa-
não recusava nosso esboço
Todas tardes, eu e o sol,
reproduzíamos um ao outro,
para que a noite fria
se lembrasse das formas
silenciosas de nosso rostos...
Há esperança nas varandas
noturnas deste mundo,
onde a memória da luz é fraca,
quando o pé magro e escuro
do incenso corre cheiroso
na mão do vento e beija
a semente pequena da rosa
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