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Poesias-->Um lar além dos lares -- 20/06/2002 - 14:08 (Edio de oliveira junior) |
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Uma rua estreita
Um fim de tarde
Um pomar...
A liberdade de se andar
E não ver nenhum metal.
De ver barro no chão,
E tantos pássaros no ar,
E tantos animais quase desconhecidos,
Senão desconhecidos, ao menos esquecidos...
Um mundo novo. Novo ?
Eu vejo crianças e sinto alegria,
Mas onde estão os adultos?
Estão mortos? Escondidos?
Onde estão as mentiras?
Onde estão os adultos?..
Uma terra vermelha, um ar empoeirado.
Estou num interior qualquer...
Numa dimensão qualquer mal escolhida e distante
Sem cheiro de formol ou de enxofre
Ou aquele por do sol de cara pálida
com tuberculose nas costas.
O sol se esconde atrás de um berço,
Surge a lua e eu posso ver as estrelas,
As crianças se foram,
(Só então eu percebo que não existem adultos
e nem nunca existiram)
Passo a caminhar sozinho,
Sozinho com meu pensamento,
Sozinho com meu amor quase incondicional!
(vejo no universo um amor excepcionalmente incondicional)
e vejo um certo tom de esquecimento na brisa,
Meus sonhos atropelam meus olhos,
Um último pássaro cruza a tarde quase escura
E tudo se faz complexo...
Mas eu me sinto simples demais...
Fecho os olhos,
há um sorriso em meu rosto,
calo minha alma
há um arrepio em meu corpo.
Me entrego.
Há beleza em mim...
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