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Poesias-->Contrariando -- 03/06/2000 - 15:27 (Amélia Alves) |
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A Mário Lago
Eu sou somente uma moça menina,
uma velha, uma amélia,
uma pena, uma apenas
verdade,
uma vera – cidade,
uma telha, uma casa
que não é só minha,
uma abelha – rainha,
uma amélia sozinha,
sem rei nem zangão,
uma amélia beltrana
fulana e sicrana
e maria etc e tal,
uma herança baiana
de corpo fechado
e cabeça de negro
se abrindo mulata
e qualquer mulher,
uma amélia saudade
de alguns amores
e muitos irmãos,
uma amélia poeta
brincando com versos e ais,
um atalho, uma ponte,
uma veia, uma teia, u
um vaso de cristal
_ uma amélia com sede,
com fome, vaidade,
vontade e o que der e vier,
uma amélia guerreira
com eira e sem beira,
que não acha bonito
não ter o que comer,
uma amélia mulher
pra ser, ter e poder
de verdade!
O que se há de fazer ?
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