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Poesias-->Mar de Rosas -- 03/07/2002 - 02:15 (Luiz Roberto dos Santos Vieira) |
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Se eu morresse amanhã,
desejaria ser cremado e que minhas cinzas
fossem repartidas entre os donos das memórias
entre os corações das amadas e dos amantes suicidas.
Se morresse daqui um ano,
segundos não me bastariam para dar-te o ultimo adeus,
nem seriam de tanta urgência os próximos encontros,
pois o tempo se tornaria morno, e conseqüentemente inerte,
e a vontade se tornaria uma monótona rotina.
O mar de rosas talvez já tenha secado nos versos
e a brisa da saudade soprado o aroma das margaridas,
mas o amor prosseguira para além dos dias belos e cinzas.
E se esconderia entre as nuvens que trazem as chuvas
se eu fosse embora.
Nunca me esqueceria deste lugar...
Nem dos mais longínquos campos e cumes.
Muito menos daquela árvore onde cravamos nosso amor
nos sonhos repletos de magia e cor.
Mas se eu fosse imortal...
Trancado nesta prisão sem grades da liberdade,
talvez não daria tanta importância a momentos como este...
Nem a glorias, a mágoas e a solidão...
Viveria apenas por viver, sem lembrar de existir.
Mas eu existo e se ainda vivo, vivo por você,
num tempo onde estrelas não pararam de brilhar.
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