LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->CANDELÁRIA -- 03/07/2002 - 11:36 ( Alberto Amoêdo) |
|
|
| |
Sobre as pedras Portuguesas, cuja noite inssossegada abriga a brisa fria, em seu colo materno crianças abandonadas em misérias.
Ainda há pessoas vagando,
Como há pessoas a espreita esperando. Rondando feito lobos, com as mãos que carregam grandes agonias.
O silêncio parece acordar e funebre as flores ao redor aquietar.
Ouço vozes em palavras adultas, em risos infantis, são eles os meninos febris.
Não tem casa, não tem mães, e estão com fome, escondem-se de homens e veneram os vícios.
Não há religião, embora lembrem-se de Deus,
O amor é o prazer, o sonho é o lazer.
E o País assiste a tudo calado.
Dois passos no passado e lá estão os meninos envolto num papelão,
No jornal Estadão.
Há sangue e gritos.
Morreram irmãos, morreram.
Hoje já esqueceram, pois a luz da ribalta apagou o seu foco, não vendeu mais história, não vendeu.
Tudo calado, alguns andam do lado, outros não lembram que aqueles meninos, vivos ou mortos são repetição, em quase toda a federação.
Lembrai ao senhor!
Lembrai que o dia já vem raiando e o fim vai querer saber do começo.
|
|