Mestre Amor…
E saí da selva escura,
Rasgando o silêncio da madrugada
Com meu grito de libertação…
Andei numa floresta e avistei
Lindas borboletas coloridas
Esvoaçando sobre as flores,
Nas árvores que secretam
A seiva da Vida…
Deparei com uma cachoeira linda,
E imergi meu corpo machucado, cansado,
Nas águas puras, frescas, cristalinas
Da renovação, da redenção…
Aos poucos, as dores esvaíram…
Meu corpo flutuou leve enquanto
Deslizava na correnteza…
Desmaiei nessa doce sensação
De esquecimento, e entrega
A algo muito aconchegante, eterno…
Acordei, após não sei quanto tempo…
Numa luz deslumbrante avistei
Uma face amiga e carinhosa,
Que me sorriu e pousou leve um beijo
Nos meus lábios arrepiados, submissos…
Me entreguei, então, ao Mestre Amor…
© Jean-Pierre Barakat, 25.08.1999 – 23h55
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