LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Alvina -- 08/07/2002 - 10:45 (Andrea del Mare) |
|
|
| |
Assim, Alvina,
assim, assim,
sem pressa.
Como relógio
de mãos dadas
a ninguém
siga teu passeio
por assim dizer
oblíquo
nessa rua que é oblíqua
de nome e horas oblíquas
outrossim
sem pensar naquilo
que é homem pelo avesso
deixa-te, Alvina
abre-te
cobre-te
vira coisa,
tu que de vesga
nunca foi vista
nem pelos olhos vítreos
de um ôlho mágico :
(que seja esse, sim)
o do teu vizinho.
saiba, Alvina
alfaces apodrecem
sem lá saberem disso,
espetadas (talvez ?)
pelas horas
pelos minutos
pelos dolentes ponteiros
dos quartinhos de hora
ou por esse teu nariz de fura-bolos,
Alvina
Psiu.
Fechados os olhos,
as janelas
e passada a limpo essa
sensação que a tarde te empurra
o que ainda não conheces
sobram-te, Alvina,
aquelas volutas
as espirais
os meandros e caracóis
da desfiada ônix
desses pêlos fartos
esses lustrosos anéis
que nos dedos teus,
- e se obtusa não és -
(força um sorriso de esmalte)
darão anéis, Alvina,
a dedos outros
que não tens!
|
|