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Poesias-->Noturnagem -- 08/07/2002 - 10:46 (Andrea del Mare) |
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se não és homem,
deus meu,
todos os santos então,
oh ! santas mulheres,
esse ônibus
façam parar !
ai,
eu me corro, descendo
e tomo corre, subindo
pelo vento - puxando
esse enxame
de tanto homem junto
tanta mão, dedo tanto
zunindo assim
na frente atrás
pelos lados
zunindo em mim
difícil entrar
correndo e subindo
oh é difícil,
tantos degraus
escada tanta
a porta
se abro, não sei
desfaleço
- pssiu, calada !
ai, os vizinhos...
todos calados.
mas se são vizinhos...
quem sabe - serão ?
sabem, sim !
são eles, sim
eles sabem e entram,
um vendaval de maria-ritas
ai ! e picam,
são mortais
oh perdão, meus vizinhos
(que horas serão?)
se dormem
ou se nunca se dorme
nessas horas então
serei eu
a ter tantas
marias-vespas
tanto homem assim ?
ave eu, que sou maria !
se grito!
melhor : grito não,
levo-os
todos
na pressa depressa
ao banheiro
a nuvem de vespas
quiproc...ooooh, é a glória!
levam-me
transportada sou,
sim, sou
célere sou
dispo-me simples
rápida
e nua
figurante saltatriz
a ducha
eu quero a ducha
a ducha de deus
oh deus, a ducha !
e que jorre
e jorre e jorre mais
lava-me
lavo-me
completa e assaz
de todos esses homens
vejam só
desaparecem !
eles escoam !
ora vejam !
escoam todos
pelo ralo
descem velozes
são marimbondos molhados
cheirando a sabonete
descem pelo ralo
no tarde da noite
aos urros encanados
ai meu deus, vão acordar
todos os meus vizinhos...
(se esses dormiam.
ou se - como sempre -
me esperavam)
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