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| Poesias-->Guerra interior - Parte IV -- 14/07/2002 - 03:20 (Cíntia Pirani) |
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Luto incessantemente contra a minha vontade.
Vontade de tê-lo novamente comigo.
Sei que isto é perfeitamente possível,
mas infelizmente sei mais do que isto.
As minhas lágrimas são visíveis e doloridas.
Quisera eu estar contigo,
porém não quero pressentir o que mais posso sentir.
É fácil tê-lo em meus braços.
O difícil é saber,
e pior que saber é ter a certeza,
a certeza que nossos sentimentos não são recíprocos,
quanto ao nosso ato de amor vivido.
E quando me indaga sobre o que quero,
sabe perfeitamente o que quero.
Quero você.
Só que no meu querer sei que "nunca" o terei,
pois você assim não o sente.
Até disse que gostaria que fosse como quero e como sinto,
porém, meu caro, se assim não o é,
então vá aonde seu coração mandar.
Não diga que não tem aonde ir,
porque sabe, mesmo que inconscientemente, o caminho que deve seguir.
É fato que a vida o castigou,
mas não se martirize mais.
Seu futuro a Deus pertence,
mas saiba que este futuro depende do que você faz no presente.
Se o que sinto é amor,
ainda o amo.
E se não é amor,
ainda sinto algo indescritível por ti.
Seja com amor ou seja com algo indescritível,
Cíntia.
14/07/2002
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