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 | Poesias-->A poesia que escreveste -- 19/07/2002 - 15:25 (José Ronald Cavalcante Soares)  | 
	
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Londe dos teus olhos...
  O teu calor distante.
  As minhas mãos nervosas e vazias
  Agitando-se no ar da tarde fria.
  A minha alma inquieta
  Sem se acomodar dentro do corpo
  Inerte e indiferente.
  Toda a policromia 
  dos dias idos
  parece esmaecida...
  O sol, a chuva, o vento, 
  A poeira saibrosa do caminho,
  As horas capengas arrastando-se
  Inexoravelmente.
  E a saudade crescendo, crescendo
  sem parar,
  tomando conta de todas as emoções,
  fazendo o presente perder o sentido ,
  pondo a tônica da vida no passado.
  Longe dos teus olhos...
  Qual é a cor dos teus olhos?
  Lembro, apenas, que as tuas mãos eram macias...
  Acariciavam o meu rosto suavemente, 
  transportando-me paraum mundo de sonhos,
  para o reino da Fantasia e do Amor...
  Tu não gostavas de poesias tristes(Isso me disseste um dia.;  creio, porém, não ser verdade)
  e, entretanto, com as tintas do adeus e da saudade,
  escreveste no livro do nosso amor,
  a poesia mais triste,
  a poesia mais triste!
 
 
  31 de janeiro de 1961  |  
 
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