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Poesias-->Adeus -- 22/07/2002 - 19:12 ( Alberto Amoêdo) |
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Adeus vida!
Adeus!
Vou despousar a morte
No alto dessa cumieira,
Pois assim estarei no mesmo plano de Deus,
Vendo do alto a misséria
Que ao povo se assemelha.
Não terei amigos, e claro em vida nunca os tive,
Mas hão de versar um pranto,
Nem que seja de culpa.
Só não os quero verbarem de mim o bom da bondade,
Que a todo desafortunado é vestes.
Adeus Vida!
Adeus!...
Não sei onde ir mais. E a poeira que assenta, é a chuva que turva o horizonte na dor mais doida de minha solidão.
Não pari de minha mãe orgulho,
Tão pouco ensinei a ler e escrever os meus filhos,
Mas se há um palco no mundo, digo-lhes que eu sou
O palhaço. Não aquele, costumeiro. Do riso fácil, mas aquele que é triste. E triste os fazem chorar.
Embora o sofrimento não seja breve, mas breve é essa vida. Então ei de vive-la ou morre-la num paraíso de agônia, ou de silêncio vazio. |
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