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Poesias-->Sonhos longínquos -- 25/07/2002 - 07:18 (Cristina Pires) |
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Onde ficaram os nossos longínquos sonhos de criança?
Em que chaminés o Pai Natal se esqueceu dos nossos pedidos de infância?
Em que quadros o pintor esqueceu de pintar a cor de um sorriso,
ou em que momento o cantor deixou de cantar o silêncio de um terno olhar ?
Em que rua perdemos a nossa candura, os nossos sentimentos e o saber amar ?
Por que esquinas ficou o nosso amor de verão,
e os passeios mão na mão ?
E em que noites se perderam as serenatas ?
Em sons de uma velha lata ?
Onde ficaram as valsas ao som da lua ?
Nas dicotecas de uma rua?
Onde ficaram os plácidos piqueniques campestres ?
E onde ficaram os poemas lidos nas estrelas,
ou as nuvens que coloríamos com aquarelas ?
Quem ceifou os lençois de campos de papoilas, e estendeu lençois de cetim ?
Quem segou os colares de margaridas,
e plantou colares de safiras ?
Que nos ensinou a ser o coelho da Alice no País das Maravilhas…
Em que ano se perdeu o romantismo e o « velho » amor ?
Na mesma gaveta onde se escondem os bilhetinhos secretos,
ou em um ecrã de um sofisticado computador ?
Damos passos maiores que as nossas próprias pernas,
inovamos relógios onde os minutos cavalgam como horas,
somos simples viajantes da nossa própria Era sem o saber !
Mas afinal…quem nos ensinou a não viver ?
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