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Poesias-->A natureza das palavras -- 03/08/2002 - 14:41 (gisele leite) |
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A natureza das palavras
Qual será a dose certa de vida?
Qual será a gota que preenche
Completamente e não transborda?
Qual será a chuva que não inunda? Só molha as plantas e limpa as estradas.
O raio que apenas energiza e não eletrocuta
A palavra exata que vivo procurando
No tempo devido
Qual será o ângulo preciso para se ter a real visão?
E se tudo for ilusão?
E se tudo for verdade ?
E a alienação
For a única insólita realidade?
O mundo será feio e triste
finito e pobre
Só o seu romantismo é meu lenitivo,
é minha pílula(anti-existencial)
é minha cura
para tanta amargura
Palavras ácidas
Que corroem a alma
Que calam bem fundo no coração
Palavras bentas
Que abrandam e acalmam
Os espíritos e os deixa levitar sem a
gravidade dos pecados.
E os batiza de luz e vida.
Palavras amorosas
que acariciam egos,
confortam os íntimos carentes
E lhe suprem totalmente de uma só vez
de uma felicidade abrupta e inesperada.
Palavras imprecisas que nos são
pistas mas indicam
caminho algum
Palavra, um poder,
um dom, uma fúria capaz de construir impérios
ou orquestrar desesperos
Ainda caçando a natureza das palavras
Procurando ecos,
Perscrutando fonemas
Decifrando idiomas estrangeiros,
revirando baús,
Queimando o verbo
das línguas mortas, ad eternum,
Ad eternum,
A palavra
A parábola
De homens e deuses
Cobrindo de nome e significado
tudo que é anônimo
isto tudo ou este nada,
isto é
para você
que me deixou sem dizer uma reles
palavra.
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