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Poesias-->DOUTOR AMOR -- 04/08/2002 - 02:09 (FRANCISCO FRABER PENHA) |
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Pois não!
O que sentes de errado
neste teu corpo esculpido
por artista clássico?
Seria uma dor de pele,
uma carência de leve,
de um toque?
Darei alívio, a este órgão ferido
mais no miocárdio que no gemido,
pelo meu remédio barato,
(se comparado às despesas
de um antibiótico)
e terás resolvido o teu diagnóstico.
São alopatias que vêm em buquê
odores raros, sabes de quê?
Curo com olhares, abraços,
repouso, e,
se me amares, te receito um analgésico
te recito uma estrofe
anestesiando sua dor
com meu vírus do amor.
Mortal para casos incuráveis
mistérios da medicina,
alguns efeitos colaterais:
febre alta, suor
arrepios na espinha,
delírios rápidos
e às vezes,
uma lágrima de alegria.
Examinando mais atento as
curvas de tua anatomia
vejo que podem causar dúvida
se és mulher ou és menina,
mas a incerteza é passageira
e a solução o meu ofício
não levarás desta procura
algo em mim que seja omisso
A consulta está condizente,
porém, de doutor
passei a paciente
ansioso por nova visita,
desejo de tua poção
para fechar minha ferida
que arde em taquicardia
bem no fundo do coração...
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