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Poesias-->ventus furiosus -- 04/08/2002 - 02:17 (maria da graça ferraz) |
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Protegemo-nos de tudo
exceto dos furiosos ventos
que passos de gigante
desenterram ossos
e engrossam sangue
Vamos nos tornando
distantes e pesados
igual mobília de nossa casa
Somos uma família
razoavelmente normal,
tu gritas e gritas agarrado
aos bens materiais:
tijolos , prataria e cristais-
tábuas que flutuam
às nossas superfícies,
sem alívio e sem cura
Mas o vento não nos poupa
e sem desperdício, sopra!
Sopra, sem dor, sopra
Leva-nos a fingida paz,
a mentira do amor e
a dignidade de nossos pais
Sopra, o algoz, sopra!
Vai a voz .Vai a poesia.
E sobram-me haicais
Sopra, vento, Sopra!
Hoje, o que enfim nos resta-
Tudo que nos resta:
nossa cara tola e...
este orgulho besta
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