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Poesias-->HORIZONTE ALÉM -- 07/08/2002 - 16:41 (Edio de oliveira junior) |
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O mundo tem pesado especialmente sobre minha cabeça,
Sobre meus olhos e sobre o coração...
Não existem mais aquelas estações bonitas
Que davam tanta alegria,
Nem aqueles fins de tarde em que o espírito se sentia tão completo,
Que de tão completo
Eu fazia do mundo algo vazio e desconsidrável.
Ah! Como o tempo tem me transformado!
Como ele tem matado minhas paixões uma a uma!
Como ele vem abatendo sobre meus olhos esta
Transformação indigna...
(é como se eu estivesse em um inverno observando
uma árvore no alto de uma montanha, e esta árvore vai secando,
e suas folhas vão caindo uma a uma a cada vento seco e frio,
e vai morrendo a cada dia sem poder pedir ajuda ou perdão,
e nada disso passa, e tudo é uma agonia sem fim...)
As vezes eu me sinto um pouco desta árvore
Que vejo (imagino) em uma estação morta e indesejável.
Ah! Como o tempo tem me transformado,
Tão complexamente me transformado.
Eu amo tudo que foi! Tudo que passou!
E amo tudo de um a forma especial,
Eu seguro meu coração com as mãos
E vejo nele um diamante que perdeu o brilho
Mas que um dia foi dono de uma magnitude sem igual,
Que guarda em seu interior uma estação perfeita,
Sublime!
( é como se eu visse correr aos meus pés uma fonte
de vida, de harmonia, e um rio extremamente caudaloso)
Ah! Eu sinto que neste rio
Já correu um pouco de meu sangue,
E de tudo mais que um dia fiz de mim mesmo...
Tenho estado perdido e confuso,
Tenho sido mais o que os outros desejam que eu seja,
Tenho sido um sorriso sem graça e uma boa educação automática,
Tenho simplesmente funcionado...
(Onde será que se encontra minha capacidade de me apaixonar?
De me emocionar? Ou de me irritar até?!)
Eu espero que este inverno se canse,
Se vá,
E permita a chegada de uma outra estação qualquer,
Mesmo que perdida, mesmo que exausta,
Mesmo que ainda inexistente...
...pois meus olhos cansados me denunciam,
e meu espírito, já fadigado, quase desiste.
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