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Poesias-->sonetos -- 17/08/2002 - 10:43 (raulzito da costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SONETOS.



A vida consiste em detalhes,

Quase nunca eficazes,

Que me fazem raramente entender.

Detalhes que me fazem perguntar,

Por que as pessoas fumam em um bar

Detalhes que me levam a crer,

Que o tempo, só faz nos envelhecer.

Vejo pessoas convictas sérias,

Usando máscaras de porcelana,

Tropeçando em aspectos alheios

Que só incomodam as formigas.

Pessoas com medo de se revelar,

Medo de mostrar o que são,

Mostrar seus sentimentos, e,

De aparecerem um pouco a cada momento

E morrerem a cada esquina.



Soneto da vida toca no rádio,

Daquele que com a faca abre a ferida.

No seu peito, no seu braço.



Detalhes que me levam a perguntar,

Por que as pessoas tentam se matar,

E por que outras não querem morrer

.

Como a felicidade me faz mal

Mas isso não tem nada a ver

Pessoas felizes estão em extinção,

Momentos felizes não.

Vejo coisas que não quero ver.

Fecho os olhos mais tenho medo do escuro.

Medo do que pode me acontecer.



Ritmicamente os copos batem na mesa

Lembram me uma música triste

A espuma da cerveja é a percussão.

O vento me traz lembranças

Que eu não sei de quem são.



Formigas me cercam,

Acho que querem me carregar

Para um mundo que eu não conheço.

Para um mundo que eu não mereço.

Sento entediado todo dia e bebo uma cerveja

Sinto me entediado eternamente, as cervejas já se foram.

As garrafas já quebraram

E os cortes do meu corpo ainda não fecharam.

As escadas do meu jardim se desdobram.

Multiplicam-se, jamais irão acabar.



Subo eternamente em busca dos meus sonhos

Pulo em piscinas sem água lhe procurando

Mas você já se foi

Escorregou do meu abraço.

E no mundo se perdeu.

Flagelados congelados na Antártida,

Pedem esmolas.

Negros na áfrica são descriminados,

E não ganham nada.

Partem para a lua em busca de vida melhor,

Perde-se no caminho e acabam piores

Mas são só detalhes que me levam a questionar,

A razão de deus se não podemos lhe enxergar.

Se não podemos dúvidas com ele tirar.



E o soneto da morte vem chegando devagar.

Quebrando copos, garrafas, devastando o lugar.

Deixando tudo impiedosamente torto.

Matando os ratos, os porcos, os loucos..

Daí me pergunto onde posso lhe encontrar

Me telefone rápido as fichas vão acabar.

Eternamente . Pois não mais onde encontrar.

Mas isso são só detalhes que me levam a perguntar,

Onde tudo isso irá acabar.

Onde lhe encontro para poder lhe beijar.



. Raulzito.16-05-02



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