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| Poesias-->ESPELHO -- 17/08/2002 - 18:20 (paulo izael) |
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ESPELHO
Contemplo minha passagem:
Sempre debruçado na amargura,
Fazendo mais do que imaginei.
Amando o abstrato como se fosse real.
Remoendo a mente doentia e retrógrada.
Chorando pelo que não tem volta,
Fazendo poesia e estancando a dor.;
Falando do beijo que não ocorreu,
Sentindo o corpo suado que não era o seu.
Escrevendo frases desconexas e pobres.
Sucumbindo o querer que teima em viver.
Confino-me a tolas lembranças.
Por você, derramei tantas lágrimas, tantas !
Na partida, a frase não dita, sentida.
Seria impossível descrever seu último olhar.
A cada ausência sua, eu choro calado.
Quando você parte sem avisar, lamento.
Penso, repenso e não consigo entender
Porque você sempre retorna indiferente ?
Qual é o sentido de nosso errante viver ?
Se a cada despedida, a tristeza predomina absoluta?
E a cada volta o amor é valorizado e esquecido?
Ah ! Se você soubesse o quanto te quero!
Se você pudesse imaginar a dor que invade meu ser
Quando você não está presente...
Nas madrugadas frias onde o doloroso silêncio impera,
Sinto sua falta, sua presença, meu amor, meu grande amor
Em soluços repito seu nome até o amanhecer !
Paulo Izael&
61485.;
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