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Poesias-->AGONIA DO AMOR ASCÉTICO -- 17/08/2002 - 20:34 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AGONIA DO AMOR ASCÉTICO

-Coelho-



Do sabor de uma

ou outra contingência

Do perigo, medo

Da mágoa, medo

Do abandono, medo

As angústias lá estão

como um veneno preparado

móveis e lâmpadas estúpidas

Onde se aquecer não havendo

como Sócrates

o frio da cicuta escorrendo pelo vidro?

o crivo da escuta surtindo

o efeito da pura angústia?

E se eu fizer uma promessa?



O aniquilamento já foi

já ocorreu

Desse aniquilamento, o medo

agora me ocorre

e eu não percebo que ele já foi

A angústia do amor

de um luto que já ocorreu, o medo



Anulemos a amada

com o próprio peso do amor

Objeto grotesco colado no centro do palco

por minha culpa

O meu desejo transferido

para a imagem que parece empalhada

de tão medíocre

A amado, sempiterna, como um agente

Para que eu ame o meu desejo transferido

nada mais

mudo meus modos para que a amada me note

Ascendo a outros planos

já que sou culpado

que venha, então, a punição febril

Corto o cabelo

Uso lentes escuras forjando a reclusão

Estudo a ciência arcaica e inútil

Será forma de punição

excluir a mim mesmo do convívio?

Serei mais amado?

Serei mais digno?

Meu sofrimento será notado?

Sentirão pena de mim?

O luto histérico

que me imponho

será um doce martírio

será um retiro doce

paciente, triste, digno

como convém

O luto que suponho histericamente

um retiro necessário

de bom funcionamento

patético... discreto... pálido



Veleidades!

A vaidade no sofrimento

sofrimento de amor

-veja o que você faz de mim!-

ergo diante de você

a figura do meu desaparecimento



veja como sumo...





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