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Poesias-->POESIA DE VILA TIBERIO -- 17/08/2002 - 23:32 (NILTON MANOEL) |
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Recordo
Maria Fumaça apitando
resfolegando,
continuando o itinerário.
Lembro-me da velha estação movimentada
e na baixada toda gente trabalhando...
A velha estação e seus galpões,
trilhos cruzando em desvios,
apitos,sirenes,velha porteira...
Na lateral da Antártica
a banca de revistas do Roberto...
O velho relógio da Paulista
e sua sirene às seis da manhã,meio dia
em repeteco à noite...
O prédio ainda não foi tombado...
A sirene das seis da manhã
sumiu no dia do trabalho.
Incomoda o modernismo...
Como vila Tibério ficava feliz
apitos industriais variados:
fabrica de sabão e de sapatos,
frigoríficos, Anderson Clayton,
Antártica, Paulista
Sinto ainda o cheiro da cevada...
Vila Tibério de tantos poetas
na história de Ribeirão...
Hoje tudo isto se foi...
Restam paredes velhas sinalizando a história,
prédios velhos querendo manter vivo o passado...
a cidade mudou,
inchou e o povo não é mais aquele...
palmilhando a cidade dos mortos
na Saudade sentimos o que sobra da ausência:
lembranças.
Minha vila Tibério de tantos poetas
é um marco de história e tradição...
Na fumaça de Maria
recordo com poesia
daquilo que vivi...
suas ruas descalsas, boiadeiras,
com a meninada solta e feliz...
Tudo se foi e mudou
no liquidificador do tempo
tudo se movimenta...
Tudo se transformou.
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