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Poesias-->tudo se transforma? -- 22/08/2002 - 22:30 (Edio de oliveira junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Silêncio na boca dos homens

Só há o frescor de uma fonte de água pura que está próxima,

Um espaço cristalino, escuro... é noite!

Árvores por toda as partes denunciam a paisagem,

Eu ando sobre folhas úmidas

E um barulho diminuto surge adornando o silêncio...



Por que será que estou sempre só?!

E por que será que tantos pensamentos me perseguem?!

Tantas lembranças, tantos arrependimentos?.

A única coisa que não tenho são expectativas!

Ah! Relacionamento extremamente platônico

É esse meu com meu futuro...



Mas há estrelas no espaço. Eu observo...

(nesse momento me deito sobre a folhagem fria.)

as estrelas são a representação de sonhos distantes

imprimindo uma partida,

navegando para um novo horizonte sem dizer adeus!

(o tempo vai passando mais para mim que para qualquer

outra coisa existente)

Sinto que tudo está por se perder.

Engulo minha própria saliva num ato de desespero

E de desesperança,

Engulo junto com ela uma grande parte de tudo que sou.



Não consigo dormir,

Não tenho outra pessoa para compartilhar o que sinto!

Tenho várias pessoas para conversar

Mas não tenho outra pessoa para compartilhar o que sinto!

Talvez não tenha outra pessoa para entender o que sinto,

Ou talvez sou eu que subestime a capacidade

De entender de outras pessoas...



Mas o que importa é que de alguma fora estranha

Continuo sozinho!

Por sorte tenho várias pessoas que me amam

(é isso que faz minha floresta não ser tão fria

e minha eterna noite não ser tão escura.)

o dia nunca chega, o que para mim é um imenso alívio!

Estendo meus braços, tento tocar as estrelas,

Elas continuam fugindo, tentando se sucumbirem

Na negridão do universo...

Mas elas não submergem nunca.

Embora cada vez mais distantes eu sempre as vejo,

Elas são meus sonhos!

Embora estejam cada vez mais longe de minhas mãos

Estão sempre na mira dos meus olhos

E as vezes queimam mais que tudo em meu coração.



Mas logo tudo se apaga,

Apesar de não Ter asas para pular e voar atrás de tudo isso

Me recuso a levantar e imprimir um primeiro passo!



E assim os sonhos vem e vão.

Eu estou deitado, o dia não amanhecerá nunca!

Ninguém se aproximará da minha floresta

Pois tudo aqui é intocável.



Meus olhos estarão sempre voltadas para o abstrato,

Eu estarei sempre deitado,

Todos minhas crenças estarão sempre

À um abismo de eternidade de mim...



Estou perdido?

Estou?

Adeus!

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