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Poesias-->Navios e Portos -- 23/08/2002 - 04:40 (AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA/Alcir J.T. de Souza) |
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NAVIOS & PORTOS
Estrela estraçalhada,
nas poças de água parada.
O sangue no chão
do peixe fisgado,
mas ainda respirando
a ilusão da volta ao mar.
Martírio lento,
faz do arpão o sofrimento
mais uma razão para nadar
para dentro do corpo
porão alagado, lago raso
como chorar.
Eu que ancorei em um só porto,
eu que tanto naveguei
por sertões azuis,
dei de naufragar no pó,
destas cidades sem luz.
Velas soltas,
são teias entrelaçadas
são cacos de vidro na mão
velhas garrafas quebradas
nas vielas escuras.
Das mulheres vagas
que vivem em meu coração.
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