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Poesias-->DE PURA MALDADE -- 23/08/2002 - 13:55 (ALEXANDRE FAGUNDES) |
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Quero ser de pura maldade!
De puro veneno.;
De intriga pura.;
De cachaça ruim.;
De cigarro falso.;
De todo vício lamentável.
Quero ser de divórcio litigioso.
Quero ser de luto fechado.
Quero ser de vingança injusta.
Ser da mais cruel traição.
Ser da mais destrutiva maledicência.
Ser de tudo que é coisa ruim.
Quero ser disso tudo que é pequeno!
Disso tudo que revolta e entristece.
Dessa coisa feia que envergonha.
Dessa massa fria que não alimenta.
Dessa miséria humana que é só decadência.
Desse desencanto que é mapa preciso para as tumbas escuras.
Arre! Estou farto de verter água salgada!
Estou cheio de andar vazio pelas noites sem lua.
Estou cansado do fedor da minha alma morta.
Estou lutando feito qualquer bárbaro.
Estou querendo em mim toda a iniqüidade do viver.
Estou buscando a autodifamação mais eficiente.
Tudo por culpa sua.
Tudo por causa do seu descaso.
Tudo por força da tua fraqueza.
Você saiu e deixou esse inferno aceso em mim.
Sim, quero em mim toda maldade...
E, quem sabe, afugentar essa maldita saudade.
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SE VOCÊ GOSTOU DESSA POESIA, LEIA “INFERNO EM MIM”, “CONTRA A MARÉ”, “RANCOR” E “FIM DE CASO”, DO AUTOR ALEXANDRE FAGUNDES
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