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Poesias-->A Carta -- 26/08/2002 - 17:52 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O meu amor não acabou, contudo estou entre os corpos opacos das horas tristes, a despousar na dor o teu adeus. Que em vias de regra a cabeça confusa não cansa de lamentar.

O tempo jamais retrocede... Só nós e quem podemos voltar. Mas nesse instante de efeito, me pergunto no meio de tantos males que te causei, enumerados por tua boca, o que valeria a pena?!...

Fui egoísta em nossa relação,

Casuísta sem intenção

E tive medo quanto ao futuro de nossa paixão. Bem como não nego o sentimento que carrego em mim a latejar hoje como pecado.

Por quantas vezes me senti com o teu amor sufocado e imaturo acabei por me tornar odiado.

Não era a minha intenção. Não pensei que irámos tão longe.

Se ainda adianta, me desculpe pelo inferno.

Aprendi tarde que a carne do proibido trás em sua sede o fel como castigo.
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