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Poesias-->THE THINGS ARE THE SAME -- 02/09/2002 - 21:30 (Isabela Mendes) |
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THE THINGS ARE THE SAME
Meus pés vão escorregando no chão novo.
Lágrimas e outros líquidos caíram.
Agora minhas mãos sabem que vão tremer,
mas não tremem.
Os sininhos, os passarinhos e o vento
só pra dizer que nossa vida é poesia.
Meus pés vão escorregando
sentada no mesmo lugar... que mudou.
As camas não foram arrumadas
meus pés escorregando
o barulho da água do banho dela
meus pés escorregando
sinto a vibração pouca de minha alma
os carros vêm chegando
meus pés escorregando
o relógio também faz barulho
diz do tempo
É Natal... e daí?
Meus pés escorregando
O gato chega e me olha
Olhos verdes, se lambendo negro
e não mia
fuscas amarelos vão passando
meus pés escorregando
agora os joelhos tremem
pra que prece?
Prece de entrar na capela da escola
E ouvir o telefone dizer sim.
Abrir um cartão e não entender
Não ouvir, nem enxergar
Não sentir...
Espaço pra vir
E agora o gato faz barulho
Abro as pernas, mais e mais
Pois meus pés vão escorregando
Espero...
com o medo fechado numa caixa,
túmulo de vidro.
Vozes, pulo do gato
Minhas pernas vão se abrindo
Joelhos batem em joelhos
Não posso juntá-los
Fisgando os músculos
Ouvindo o tremor da janela
A água do banho dela
Os sininhos e os passarinhos
E o vento,
que não leva nem traz,
nunca acaba.
O vento fica
como se tudo que acontecesse
fosse só catarse
e tudo o que se escrevesse
fosse só mentira. |
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