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Poesias-->DESANDO POR AI ! -- 04/09/2002 - 08:25 (paulo izael) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DESANDO POR AI











Jamais estive com a palavra,

Então, falar de quê?

Se minha vida já não tem razão de ser ?

Desando por ai afora, engolindo nicotina,

Tentando abrandar as dores sentimentais.

Com pesar, afugento amores efêmeros,

Mesmo sabendo que ainda hei de fazer uso.

Aporrinhado, ganho a rua, a noite é sinistra.

Nas escuras esquinas, as lascivas “meninas ”,

Com suas bocas vermelhas voluptuosas, acenam.

A elegante cama redonda com seus panos vermelhos.

Dou-me ao prazer com luxúria garantida.

Os primeiros raios solares beijam a minha face.

Olho de lado e avisto o amor comprado

Uma menina, em todo sentido da palavra.

Toda a magia que a envolvia sob o luar,

Agora resume-se em repugnância e arrependimento.

A cama parece surrada, com lençóis desbotados.

O quarto está fétido, a nicotina invade o ar,

E irradia podridão no enojante cubículo.

Azedo, Faço que não vejo e deixo um trocado.

Acendo um cigarro e baforo, o pulmão chora.

Tomo alguma coisa e o fígado reclama.

Avisto algo, meus olhos vermelhos não obedecem.

Um pardal faminto sobrevoa a imunda rua.

Mais acima uma trovoada, será um dia chuvoso.

Um pedinte choraminga uma moeda, nego.

O coletivo passa apinhado de esquecidos,

Não questiono a opção pela qualidade de vida.

Eu sou o rolo compressor que picha a cidade.

Sou tudo isto, e mais alguma coisa que ainda farei.

Desprezo a bituca amarelada, presa nos dedos.

Caminho sem assunto, chuto uma latinha.









Paulo Izael



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