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Poesias-->Cicatriz -- 06/09/2002 - 16:04 (Rose Maura Fleixer) |
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Saudade rompe as lembranças dos meus atos
não lamento por eles, por eles apenas passo
Saudosa serei eterna de grandes momentos
que vivi na plenitude porque sofri por amor
Nova era em minha passagem se planeja
insegurança, inquietude sobre mim se achega
Partirei para nova etapa, mais dura e marcada
cederei espaço para o novo, porque o velho desocupa a casa
Olho para o vazio que se apresenta
é triste, quase não venta
Pensei em voltar atrás, mas devo resistir
tenho que lavar minha alma para voltar a existir
Estou só neste aflição. Piora quando anoitece
sempre, ao amanhecer, é mais um dia com uma prece
para que o sol brilhe e não chova
para que eu resista e não morra
Devo ser audaz, jamais caminhar para trás
se é assim que deve ser, assim será
Estarei pronta no momento certo
me erguerei novamente, mas sem mais errar
Não esperarei por ajuda
não contarei com quem não devo contar
Não entregarei minhas pérolas para chogarem-nas fora aos porcos no chiqueiro
Aprendo cada dia uma lição:
não se deve por a mão na boca de um cão
aquele que só aparenta amizade, não é digno de lealdade
Não se chega à luz, sem passar pela escuridão
não se reconhece um amigo sem provar da solidão
Procuro algo raro e especial
que preencha o vazio do meu espírito
que anda desatento e desanimado
me contaminando aos poucos, até chegar o momento
de não ver mais a graça na vida
dela só lembrar da ferida
que não vejo a hora de cicatrizar. |
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