Usina de Letras
Usina de Letras
50 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63747 )
Cartas ( 21378)
Contos (13319)
Cordel (10372)
Crônicas (22598)
Discursos (3256)
Ensaios - (10843)
Erótico (13606)
Frases (52231)
Humor (20232)
Infantil (5687)
Infanto Juvenil (5047)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1389)
Poesias (141180)
Redação (3388)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1981)
Textos Religiosos/Sermões (6431)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Arquitetura -- 09/09/2002 - 15:02 (Lafaiete Rosinsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como uma múmia

ou uma melancólica fachada de papelão

nos faroestes antigos

o casarão na esquina apodrece estacionamento

e agoniza elegantes quatro andares

sem tetos ou pisos

afetos ou risos

com janelas muradas

com vigas tortas

paredes sem portas

para a entrada dos carros

que ocupam o prédio morto

como vermes num cadáver



Como um zumbi

ou um descolorido cenário de papelão

em filmes mudos

eu, postado na esquina

sob um poste ineficaz

a vejo passar sua alegre rotina

e enquanto ela me fere

atirando ao ar um sorriso

procuro por alguma polpa

dentro da fachada mamulengo

que em mim retribui seu aceno

Se houvesse algo, ao menos

Nem o que era

Nem o que fui.



Apenas uma ruína precária

estrutura morta

sarcófago vazio.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui