Há discórdia no ar, enquanto esse povo morre a minguas.
Há miséria demais. E acreditar nos homens dessa política é confiar demais num própero absurdo.
Há tanta cerca que protegem o espaço, há tantos mundos que se perdem diante de nós. E esses feudos imensos, imensos vagam em olhos, em braços, em agonia, que passam de boca em boca até o cume da alma que grita pedindo liberdade.
Tudo está pela janela,
Tudo ao redor está sem vida, está frio, querendo das falhas renascer, em vida, em dor que sai doendo sem cura, pois há anos nos cantos há fome balbuciando a sede de poder.
A cidade é o celeiro, onde os seus habitantes, anjos ou malditos, pregam, rogam e mentem.
Tantos morrem sem serem salvos,
Tantos pecam sem serem pecadores,
Tantos riem-se a toa da miséria alheia nas imensas rodas, onde a mesa é sempre farta.