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Poesias-->Eu não tenho direito -- 09/09/2002 - 16:09 (Jose Ediran Magalhaes Teixeira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu não tenho direito



De calar pela infâmia

De detestar a quem me ama

De Não comer e beber

De viver pouco

De ter saúde pequena

De uma vida triste

De viver no sufoco

De fazer despiste

Do mal feito do inimigo



De morrer na lama

De morrer de fome

De matar outrem de bem

De amar a mazela

Da política que esfacela

De matar uma gazela

A não ser para matar a fome





Quem dera!



Ah quem dera

Poder amar, amar

Fazer da vida uma quimera

Sonhar, sonhar, sonhar

Quem dera

Ver passarim passar

Pestanejar no orvalhar

Prá sentir lágrima de chuva

Chuva alegre que lava

Enxágua a alma

Alegria de viver

De ser feliz

Eu e você

Nós à mercê

Do porvir sem temer





Quem sabe o por quê?

Dos desencontros, cantos e contos

Que a vida fez

Do que a vida que se desfez

Por agruras e dessabores

Que o maior dos pensadores

Jamais conseguiu explicar

É a vida!

Amada por ela mesma

Desamada pela morte eterna!



Ediran

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