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Poesias-->Solidão -- 11/09/2002 - 07:39 (Fabio Reis Martins) |
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Visto rapidamente meu coração de luto.
Apresso-me para velar meus sentimentos.
Mas, de que vale todo cerimonial se eles não querem morrer.
Qual o significado de um funeral de vivos?
Será que eles não sabem que eu quero enterrá-los?
Vivo moribundo por cauda deles.
Entorpece-me a razão, a força com que me atingem.
Martirizo meu corpo, flagelo minha alma,
Mas eles teimam em não morrer.
Matar-me? De maneira nenhuma.
Qual a garantia que terei que eu não os estarei eternizando.
Em vão, busco forças em outros olhares.
Tento enganá-los, desprezá-los, frustrá-los, mascara-los.
Talvez o tempo possa cuidar deles
Da mesma forma que cuidará de mim.
Enfim ambos morreremos.
Resta-me então esperar que eles morram antes que eu
Por isso,
Visto rapidamente meu coração de luto.
E apresso-me para velar meus sentimentos
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