Usina de Letras
Usina de Letras
20 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63224 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10676)
Erótico (13592)
Frases (51739)
Humor (20177)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4944)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141306)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Questionada Vida -- 12/09/2002 - 20:23 (MICHEL ROSENBLAT) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Por que me trais?

Por que me desprezas?

Não tenho eu a liberdade?

Não tenho eu as amizades?

Não são elas boas companhias?

Não são todos que eu queria?



Quando tocas danço

Quando folgas avanço

Se me queres, eis-me aqui

Se me enlouqueces, me perdi

Se queres aventura te rapto

Se me trocas, me adapto

Se vens, te recebo

Se me dás de beber, eu bebo

Se me masculina eu amo

Se perco não reclamo



Meus lábios de marrom, maçã ou água

Anseiam beijos de boca molhada

Cubro-me de ébano, mogno e cerejeira

Com o afã de ser candeia

Dispenso as gordas roupas

Transparecendo as curvas loucas

Se o bloco sai à rua,

me fantasio fico nua,

Com o estandarte de metal à frente

Cedo para aflição o meu ventre

Minha fronte de peroba

Aos outros tudo esnoba



Epicuro me acompanha

Mas no íntimo sou-lhe estranha



Não era isto o que eu sonhava

Onde está o príncipe que me acompanhava

Em minhas noites de princesa

Num palácio de arquitetura francesa

Bajulada por duques e duquesas

Entre outros nobres em farta mesa

Todos os quartos e salas iluminadas

Com a alvura de imaculadas fadas



Queria deitar e sentir calor

Queria pintar e ter valor



Em tudo...

Onde é que errei?

Por que me envolvo só,

Nas minhas rendas de filó?



Nas noites não me deleito e choro.;

Não vivo com quem adoro.;

Sou alvo fácil das ácidas línguas.;

Do amor oculto expresso em mínguas

Nos meus olhos cascateiam as águas

Dum coração que vive em mágoas

Sem entender hoje o que sou

Sem saber amanhã para onde vou



Agora só me norteio pelo unigênito

Na amargura o meu ungüento

Ele me estaca ao chão

Não me deixas caminhar sem mão

Meu cúmplice até sua liberdade

Quando voará rumo à saudade





Michel Rosenblat – 02/03/99 12h00

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui