Tão bela lua,ontem procurava assentar no firmamento a sua luz. E o rio que eu via descendo por entre os Buritis, cortando a colina. Me recordava quando as tuas suplícas vicejavam aquele nosso lugar.
Parecia que alí o mundo começava em nós. Tudo estava parado. Sem cor, sem luz... Em completo silêncio. Porém quando nós chegavamos saltitava dos murmúrios, a palo seco, o sorriso do rio, a brisa agradavel e a valsa meio tímida das árvores resecadas no capoeiral.
O capim podia está alto, ao redor da ponte. E a água meio turva.
Podia não haver ninguém, podia até ser que ficassemos cinco minutos...Contudo o nosso amor nunca foi vulgar...
Uma loucura normal dos corpos em sintonia com a alma que ao nos aproximar um do do outro, misturava-se à terra, à água...
Era um amor que corregia o pecado, que tornava tudo desarumado. E sempre me colocou aos teus pés.
Esse é o legado que o presente, na tua ausencia, reflete aos meus olhos.