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Poesias-->Liturgia -- 19/09/2002 - 15:38 (José Eduardo Mendonça) |
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Fiquem em seus recônditos seus íntimos suspiros.
É lá que eles respiram, protegidos pelo calor,
E de lá vem o sinal de trégua,
força final que não se desmancha em um mapa
onde regiões estão por se desenhar,
novas terras, antigas fronteiras
tingidas de seu sangue.
Onde antes seu silêncio gritava
agora ouço apenas o silêncio que não
ouço e como bordadeira ando laço por laço, ponto por ponto,
e a realidade desliza fluida,
cachoeira véu de noiva,
você me traz o gélido despertar de quem acordar
não ousava.
………..
E acordo.
E o dia amanhece na avenida à beira mar.
Cada onda é uma história, e suas histórias não me incomodam porque são apenas isso, contos vividos e encerrados,
embora elas me toquem como
seus dedos me tocam e me movem.
Pai nosso que estás no céu, eu olho o fluxo e penso,
quantas vezes te amo, amei e amarei,
quantas vezes te olhei rósea coturna pedra,
suavidade e entrega, doce bananinha, ponte pênsil
debruçada sobre um oceano maleável
de massinha de modelar.
…………
Madeira, tábua dos aflitos,
horizonte onde há uma ilha,
luz de proa que engrandece as ondas
e na praia a areia azula a luz do sol.
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