LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Canção do Adeus -- 04/07/2000 - 01:26 (Anita de Souza Coutinho) |
|
|
| |
CANÇÃO DO ADEUS
Diante da imensidão
O que fica aos olhos do solitário?
O bater acuado de seu coração,
Um silêncio infeliz, ilusório, falsário?
O que se exibe de rastro, como lembrança?
De que o poeta se alimenta
Ficam saudades, olhar perdido, ânsia
Tranqüilidade aflita e rima eterna
Deste que se ausenta.;
Indisponibilidade de sentidos,
Decisões, atitudes e vácuo de solidões
Diálogos desarmados, desprotegidos
Por onde ecoam saudades ou emoções.
Ficam nos braços do que espera
Um acre vapor de gozo eterno,
Um mel aquoso, um choro, uma quimera.;
Fica a vertigem de quem partiu aflito,
Fica o olhar saudoso de quem estagnou medroso.
Ouça do poeta este infindo grito,
Ficam desníveis entre o que abandonou e o abandonado
Fica a vida por todo tempo impedante
Ficam lembranças do que viveu errante,
Sonhos, sombra, semblante,
Gemidos de amantes.; liras de brilhantes,
Rimas de saudades, ausentes...sufocantes.
Adeus ou até mais,
Sigo quieta libertando,
A vertigem dos vendavais
Derramando o fogo dos castiçais
Evaporando vinhos, endereçando aromas,
Buscar auxílio.; pedir por amor
E me embebedar de paz.
ANITA DE S. C. (21 de Junho de 1997)
|
|