LEGENDAS |
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Poesias-->22/02/2002 - Lembranças -- 22/09/2002 - 23:40 (Antonio Araujo Queiroz Júnior) |
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Rio de Janeiro - 22/02/2002
Lembranças
Nem sempre a dúvida é certeza do que já se foi,
Não só a lembrança é garantia de se ter vivido.
Nem mesmo a morte é certeza de te-la perdido,
Não só a poeira toca-me a alma pelo que restou.
O perdão é o épico do poeta mais utópico,
Mas a lembrança não, ela condena,
Por mais que o fogo alcance céus em labaredas,
Nem mesmo o amor escapa da pena.
Meu medo nunca foi amar sem ser amado,
Mas condenar a quem me condena,
Se tantas vezes fui à luta desarmado,
Foi somente por ti - Oh minha alma ingênua.
Só não peça - Oh lembranças,
Que de mim tu se esqueças,
Tantas vezes por ti fui salvo,
Tantas vezes por ti praguejo-me.
As certezas espalham-se no chão como peças pequenas,
Que do destino cairão e serão coladas,
Será que por sorte um sentimento se resgata ?
Será que às vezes a cola seria o tempo ?
Eu não sei quais as respostas,
Nem mesmo de mim tenho certeza,
Não só de lembranças, vivo a vida,
Nem só de lembranças, eu esqueço.
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