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Poesias-->Até 1999 - Quem sabe um dia -- 23/09/2002 - 00:09 (Antonio Araujo Queiroz Júnior) |
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Quem sabe um dia
Não esqueço do sorriso que me destes, naquele dia em que lutavas pelo seu amor,
Dos caracóis de teus cabelos, do beijo dos beijos dos teus olhos que de mim fugiam,
Queima ainda o fogo que em mim ardia, choro as marcas da solidão que em mim ficou.
O som da sua voz chamando, quisera eu que fosse amor de verdade,
Seu rosto, o perfume de suas palavras, meu anjo que de mim se afastou,
Queima ainda a vontade de te querer tanto, choro a saudade que em mim ficou.
Hipnotismo no olhar, mas meus loucos segredos não posso contar,
Um simples toque é tudo que pede o coração de um homem apaixonado,
Queima ainda o ardor de tuas palavras, choro a desilusão que em mim ficou.
Voa imaginação voa, voa para ela e canta a poesia que tanto o meu peito sufoca,
Fala de todo o carinho, do riso das minhas doces palavras, berra a força do meu amor.
Queima ainda a expectativa de um novo encontro, choro a esperança que em mim ficou.
Eu queria rasgar o céu, escrevendo nas nuvens toda verdade das minhas palavras,
Para quem sabe um dia a sua força, traga todo o sentimento que de você um dia esperei,
Queima ainda a lágrima que por ti derramei, choro a verdade de teus olhos que em mim ficou.
Fecho os olhos e deixo todos esses sonhos me levarem, bamba é a corda da ilusão,
Cresce a confiança de me tornar o heróico cavaleiro que em teus sonhos tanto esperas,
Queima a máscara que em mim pusestes, choro a crua cor da realidade que em mim ficou.
Corro contra o vento, o frio não me impede de correr ainda mais,
Meus caminhos cortam os seus, não suporto mais esperar aqui sozinho,
Queima o sangue que um dia por ti foi derramado, choro o corte que em mim ficou.
Tudo na vida perde significado se no amor respostas não há,
Queima e chora um dia aquele que de dor calou seu triste coração.
Grita todo meu sentimento que não existe paz sem a morada do seu amor.
E não desistirei de tomá-lo, nunca, seja de quem for, és minha promessa.
Para quem sabe um dia, poder morar junto, em um só coração.
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