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Poesias-->TARA -- 25/09/2002 - 01:00 (Danna D.) |
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Uma cusparada na boca, um beijo!
Um tapa na cara, um afago!
Teu olhar de desprezo, me dá teu carinho!
Sorriso sarcástico, te adoro!
Não queres a mulher, exiges a cadela.
Meu riso te irrita, almejas meu pranto.
Jamais me tocaste, nem pensaste em fazê-lo.
Preferes-me agrilhoada enquanto te manténs afastado, bem longe, para melhor saborear meu desespero.
Quanto mais me ofereço, mais te negas a mim.
Se fujo, me alcanças.
Se provo outro homem, tu mesmo o seduz.
Queres me mostrar, a todo custo, que não passo de uma fracassada. Assim me chamas. Assim me consideras.
Mas me rebelo! Luto, esbravejo, digo impropérios.
Liberdade, exijo, imploro.
Nada....silêncio.
Enclausurada por alguém que não me quer.
Atada aos pés de um homem sem face, sem voz.
Mas ele existe, eu sei!
Para provar tua onipotência não me abandonas.
Queres que saiba que te pertenço, tenho tua marca, sou tua!
E eu, infeliz, por mais que me revolte e fuja, volto sempre a te procurar.
Não me conformo, me odeio e te odeio também.
Entregue à própria sorte, não mais suporto lutar contra o destino.
Fazer o quê?
Só posso rogar que me concedas, quando te encontrares saciado, pleno, o direito de poder, eu mesma, provocar minha morte.
Março de 2002
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