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Poesias-->MEU ARCO-ÍRIS -- 07/07/2000 - 09:59 (Antenor Ferreira Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Com todo o meu carinho, dedico este poema à essa escritora maravilhosa, poetiza ímpar, pessoa de grande sensibilidade e igual coração, chamada Vânia Moreira Diniz.



Vânia! É você o meu Arco-Íris...



E a vida passava fria.

Como a chuva fina que a tarde franzia.

Sem marcas de uma infância.

Sem folguedos, sem alegrias, sem herança.

Fitava os olhos num rosto perdido.

Não havia vontade.

Nem sentido.

Só pensamentos de incerteza.

Como folhas desprendidas dos plátanos.

O que via?

Só imagem morta.

Refletida na própria tristeza.



E chovia e chovia.

Queria o amarelo do sol.

Não havia.

Era somente alma fria.

Nada mais saltava pelas janelas da alma.

Eram lágrimas a me afogar a vida.

E permaneci assim.

E vivi assim.

Em meio ao inverno dos dias.



Mas chovia e chovia.

Queria a alegria das cores.

Só sentia o cinza das nuvens.

E a tristeza das dores.

E o tempo corria.

E já havia rugas e cabelos brancos.

A me fazer companhia.



Mas a chuva foi passando.

Indo.

Ainda não havia sol.

Só o vento fino.

Mas ele veio assim.

De repente surgiu sobre mim.

Era divino.

Com suas cores vivas.

A me colorir a vida.

Numa alegria sem fim.

Alegria de alma comovida.

Brilhava como ouro.

Convidou-me a seguir.

A encontrar meu tesouro.



E abandonei a tristeza.

Em meio a tantas cores.

Não havia mais medo.

E segui feliz.

Confiante.

Como um menino a decobrir seu brinquedo.

E fui deslizando por entre suas faixas de cores.

Brilhantes.

De encontro da vida

Ao encontro de novos amores.



Já não chove.

Também não há desgosto.

Só lágrimas de amoção.

A me lavar o rosto.

Agora sigo meus dias.

A brincar com as letras.

A espalhar palavras pelas linhas.

E ordená-las com o coração.





























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