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Poesias-->deâmbulo -- 02/10/2002 - 11:51 (Sidnei Olivio) |
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deâmbulo
naquela casa nasci
e vivi
até a maturidade
roubar-me os sonhos
(lembro-me que havia um alpendre
onde, nas tardes monótonas
tecia os preâmbulos do futuro)
minha bússola
lá ficou
agulha agora enferrujada
como as antigas janelas -
mirantes de sombras e luzes
fito hoje um céu desconhecido
(não mais distingo qualquer constelação
deste ponto inexato)
e não me situo
nem me encontro -
navegador sem estrelas
muda imatura
que não suportou o implante
restam-me poucas lembranças
(nunca encontrei a ponta do barbante...)
na memória rançosa
e a presença translúcida
dos mesmos fantasmas
eternos companheiros das noites de insônia
s.olivio
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