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Poesias-->LoBoS -- 08/07/2000 - 17:30 (Fabio Rocha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
E a coruja observa.

Na calma noite fria

Ela, quieta, espia.



Cai a neve molhada

Sobre cada pegada

Do menino sozinho.



Uivos se ouvem longe.

E a lua se enche

De um medo absurdo.



O pequeno caminha.

Vai alheio a lua

E a sorte sua.



Os lobos se aproximam.

Os caninos cintilam.

O rosnar é só um.



O maior é cinza.

Devagar, se aproxima

Do garoto parado.



O rapaz se ajoelha.

Calmamente, sorri.

Há algo errado ali.



O animal nada entende

E como se fosse gente,

Certa pena sente.



É então que o lobo

De olhos amarelos

Se deixa acariciar.



E o menino, devagar,

Um galho caído no chão

Se põe a pegar.



Seu grito é sobre-humano,

Ao atingir o lobo no crânio.



Corre a alcatéia apavorada,

E a criança tem sua fome saciada.



A coruja olha displicente

O garoto partindo, na paisagem inerte.

Nem triste, nem contente.

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