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Poesias-->A morte em mil em faces -- 09/10/2002 - 09:28 (gisele leite) |
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morre-se mil vezes
quando enterramos a família,
morre-se mil vezes
quando encaramos o sofrimento agonizante
do moribundo
morre-se mil vezes enquanto o dia
glorioso está raindo um novo dia,
uma nova manhã
mas a eterna finitude de tudo parece
nos dizer que todas as verdades mentem...
daqui de longe
enxergo uma garça branca alvacenta
posar num lodo feio e fedorento
ainda assim o inexorável
ponto final de nossa existência
parece perturbador e reticente...
morre-se mil vezes quando somo
impotentes, quando somos apáticos,
alienados e alienante
e num ciclo vicioso e fugaz
nos enredamos em histórias
de deslumbramento e vaidade
hoje enterro em minha alma
a presença de ente querido
ele não será um fato, um ser vivo,
um ser pungente e marcante
será lembrança e notalgia...
será saudade e ausência...
e todas as hipocresias pareciam ser
absolvidas pela extrema brevidade
da vida |
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